quarta-feira, 2 de julho de 2025

pra ficar cracuda é só bobear

diarinho #3

vou continuar com os diarinhos, mas, como amo um nome maluco pras postagens, só vou atualizando aqui. dá pra acessar todos eles clicando aí em cima (ou pelo marcador lá embaixo, que é a mesma coisa).

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finalmente, FINALMENTE tenho me sentido melhor, depois da festa junina. se tem uma coisa que eu detesto é me sentir mal e deprimida — claro que tenho que estar um cadinho funcional pra conseguir pensar isso, mas vá lá. ando com dificuldade de levantar pela manhã, um desânimo e falta de vontade enorme de fazer qualquer coisa... ao mesmo tempo, ando com a maior vontade do mundo de ser feliz e fazer todas as coisas. acho que em breve vou voltar mesmo pra academia, pra aproveitar esse frio horroroso que tá fazendo em são paulo (desculpa, sou uma pessoa pró-calor).

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visto que lembrei como é BOM sair e ver gente e me divertir, agora tô tentando não me esquecer disso. como? ora, marcando coisas com as pessoas. só que tá todo mundo corrido e ninguém me responde!!! que coisa, não. tô com saudades até de trabalhar da firma. de trabalhar. preocupante. outra de quem ando morrendo de saudades é a minha namorada, e tenho dado umas choradinhas sempre que penso nisso. namorar à distância, praticamente morar junto e depois ficar a uma américa central de distância é horrível, não recomendo.

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como eu tava sem nada pra jogar além de alguns jogos bem bobinhos de puzzle, resolvi baixar stardew valley no nintendo switch (o que eu ainda não tinha feito).

não sei o que acontece, mas stardew valley é um dos jogos com a MAIOR capacidade de me transformar numa cracuda completa. eu penso no jogo antes de dormir, eu penso ao acordar, eu passo o almoço jogando. uma coisa assim, preocupante. o mais engraçado é que, pra um jogo em que você tem incentivos pra resistir ao capitalismo, a primeira coisa que se faz é tentar montar um esquema pra ganhar dinheiro o mais rápido possível 🙃 socorro. quando me dei conta do quão cracuda eu estava de novo (as outras vezes que joguei foi pelo computador, há um bom tempo), tomei a dramática decisão de apagar o jogo; afinal de contas, eu já alcancei a perfeição (o equivalente a zerar) duas vezes nesse negócio. agora, tô seguindo a indicação de um amigo e comecei a jogar crypt custodian, em que você é um gatinho com uma vassoura que limpa o pós-vida (KKKK). até agora, não fiquei cracuda.

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eu disse ali em cima, mas tá fazendo um frio desgraçado aqui em são paulo. eu fico sem condições de existir nesse frio. há uns dias, tentando não sucumbir à tristeza e falta de vontade de qualquer coisa, comecei a ler um dos meus livros não-lidos, imagens estranhas. achei bestinha, mas divertido — queria um livro que fosse de TERROR, sabe, me deixasse com medo, ou que pelo menos fosse um suspense que me deixasse NERBOUSAR enquanto leio. tô pensando em não ir pra nenhum desses dois lados e ler drácula (?), que eu encaro como um livro meio engraçado desde que vi alguns comentários e desenhos que um querido que eu seguia no twitter/instagram postava sobre a história enquanto lia.

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tenho me sentido mais segura em relação ao trabalho. acho que segura não é bem a palavra, na verdade... talvez menos insegura? na minha cabeça, são coisas diferentes. talvez menos desesperançosa, também. a realidade é que ando de saco cheio de fazer coisas nas quais não vejo muito sentido, e tarefas do trabalho se encaixam um pouco nisso. queria que meu cérebro entendesse que tudo bem se sentir assim, mas o aluguel aumenta todo ano e eu preciso pagar minhas contas, então seria ótimo conseguir uma promoção e um aumento.

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voltando ao tópico saudades, tô com saudades de ler os escritos da van. não digo isso como cobrança (deus me dibre), mas como um sinal de carinho, mesmo — é muito gostoso poder acompanhar quem eu gosto existindo. no tópico blogs, alguns blogs têm me dado muita vontade de mexer em html e css e fazer coisas loucas: a nana colocou um modo escuro no blog dela, e o layout do blog da lia é uma das coisas mais divertidas.vou mexer em html e css por agora? muito provavelmente não. mas apreciar coisas bem feitas também é muito satisfatório.

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chegamos no meio do ano, galera. não sei se rio ou se choro, porque tá tudo passando muito rápido. logo logo eu chego aqui com o resumo de junho do ano sem fazer compras — gastei um pouco mais que o esperado, mas não foram compras induzidas pela ansiedade, e sim a compra de prendas pro bingo KKK ai, é fogo. té mais!

post scriptums (04.jul.25)

esqueci de falar coisas que tinha pensado em falar!!! como não vou fazer outro post SÓ pra falar dessas coisas, vou colocar aqui mesmo:

uma das minhas alegrias ultimamente é ler a saga poliana origins, que a uaba tá postando no blog dela sobre sua personagem de the sims. é MUITO divertido. eu adoro quando as pessoas se divertem fazendo as coisas, porque aí eu me divirto mais ainda lendo!!!

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acabei meu tratamento com o roacutan, né, como contei quando voltei pra cá esse ano. acontece que agora, sem o remédio pra deixar minha pele sequíssima, ela tá voltando a produzir um nível maior de sebo... e eu me desacostumei totalmente!!! tomando roacutan, podia deixar o cabelo DIAS sem lavar (muitos dias mesmo. tipo 5 dias. sem nem coçar o couro cabeludo), e agora com 2 dias dele sem lavar já começo a coçar a cabeça. que tristeza. outra coisa é que eu sinto o óleo na minha pele. faz sentido? fazia tanto tempo que eu nem me lembrava da sensação. agora, um ponto positivo é que eu tenho suado muito menos do que estava suando durante o tratamento!! claro que tem feito frio horrores por aqui no sudeste, então vou esperar voltar o calor pra ter certeza... mas quem acredita sempre alcança, etc.

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a lorde lançou um novo álbum, virgin, e lá fui eu ouvir — pra você que não sabe, eu gosto muito de lorde e melodrama foi um dos álbuns que mais me impactou à época do lançamento (e um tempão depois). só que... sei lá, desde então, a lorde tem falado sobre experiências muito específicas e com as quais eu não consigo me relacionar. sinto saudades de ouvir um álbum e pensar meu deus, eu me sinto assim!, e não sinto isso com os álbuns dela, mais... como eu disse, experiências específicas demais, do tipo ah, aí ele foi lá e cuspiu na minha boca e transamos loucamente e eu fiquei grávida mas tudo bem já passou. nada contra cuspir um na boca do outro e transar loucamente, mas não é minha realidade, aí fica um pouco difícil kkkk

terça-feira, 1 de julho de 2025

olha a quermesse em casa... é verdade!

eu fico sempre me cascando de rir com o snoopy da roça

a minha quermesse aconteceu! depois de muita ansiedade e maluquice, alguns amigos vieram aqui em casa e comeram, cozinharam, fofocaram, jogaram bingo e lavaram louça (?) comigo.

como eu tinha comentado, ao ir numa festa junina de igreja com minha amiga amélie, fiquei com muita saudade da minha terra. não que tenha sido ruim, mas em são paulo todos os lugares são CHEIOS, e eu acabo me sentindo meio sufocada. em juiz de fora, eu sempre ia na festa junina da igreja do meu bairro, e, apesar de encher, nem se compara à quantidade de gente que tinha aqui; fiquei querendo algo que me fizesse sentir mais em casa, com caldos, arroz doce, bolo, bingo e música boa. depois de irmos ao bingo dessa festa (que também tava lotado), comecei a matutar essa ideia de fazer uma festa junina com bingo pros meus amigos.

depois de uma breve enquete no grupo de whatsapp dos meus amigos de trabalho que gostam de fazer rolês aleatórios — já fomos de sessões de jogo de tabuleiro e mexer com cerâmica juntos a fazer um dia de avaliação de bolos, com cartão de notas e tudo —, eu vi que tinha gente o suficiente interessada, o que me fez pensar mais a sério. a próxima questão era: o que eu vou fazer pras pessoas comerem?junto a meu deus, será que cabe todo mundo na minha casa?. fiz uma listinha de coisas que eu sabia fazer: caldo de abóbora com gengibre, caldo verde, arroz doce, pipoca (risos), milho verde, e o resto podiam ser coisas compradas, mesmo: bolo de milho, paçoca, pé de moleque, etc. meu amigo emilho disse que podia fazer o vinho quente, eu fiquei de fazer o quentão e, depois de confirmar que ia acontecer, entrei na shopee e selei o meu destino, comprando um bingo e um talão de cartelas.

ele é muito bonitinho e eu o amo

comecei a fazer a lista de compras, enquanto amélie me mandava mensagem perguntando o que eu queria que ela fizesse. das comidas eu dava conta, e tinha cadeiras, sofás e banquinhos o suficiente pra todos se sentarem, mesmo que ficasse apertado, mas ainda faltava uma coisa importante: os prêmios do bingo.

o que diabos eu ia colocar como prêmio de bingo, meu deus? afinal de contas, bingos de igreja geralmente têm eletroportáteis e eletrodomésticos como prêmio — liquidificador, batedeira, pipoqueira, ventilador, sei lá. faz muito tempo que eu não vou a um bingo de igreja, e o da quermesse aqui de são paulo tinha prêmio em dinheiro. que graça tem um prêmio em dinheiro?

com isso na cabeça, comecei a pensar. na festa que minha família fazia no fim do ano, sempre tinha bingo. os prêmios eram coisas que eu achava muito mais legais: um pudim da minha vó, geleias, uma rede, um frango assado, uma torta... acho que tinha alguns prêmios maiores, mas não me lembro. a graça do bingo não era ganhar, e sim ficar rindo e participando com todo mundo, prestando atenção e gritando “manda a boa!”. era muito mais sobre o sentimento de expectativa do que sobre conseguir completar uma cartela cheia, até porque eu nunca fui muito boa em ganhar nada que dependesse de sorte.

comecei a matutar prêmios que não fossem uma coisa bizarramente cara, mas fossem úteis ou, no mínimo, engraçados. a ansiedade que isso me fez sentir... vocês não têm ideia! eu tenho essa tendência a ficar muito nervosa quando marco alguma coisa, pensando em tudo o que pode dar errado. na minha cabeça, a lista tava assim:

tudo o que pode dar errado na festa junina
  • muita gente confirmar e não ter lugar pra todo mundo sentar
  • as pessoas acharem minha casa feia/estranha/suja/bagunçada
  • ninguém gostar da minha comida
  • todo mundo odiar os prêmios do bingo

eu, catastrofizando? nãããão, quê isso. apesar disso, segui firme e forte, fui comprando as coisas pro bingo, pra fazer os caldos, o arroz doce, testei uma receita vegana, bora que bora. ficou marcado pra domingo, dia 29 de julho — no próprio domingo eu ainda tava desesperada indo pra rua porque não tinha achado barbante pra fazer as bandeirinhas (porque, claro, eu mesma recortei as bandeirinhas) e correndo pra comprar uma cachaça pro quentão.

MODÉSTIA À PARTE, todo mundo falou super bem da comida

como vocês podem imaginar, no fim das contas, deu tudo certo; arrumei a casa e fiz os caldos no dia anterior, fiz a decoração no dia, e preparei o arroz doce perto da hora da festa. emilho chegou pra fazer o vinho quente, o pessoal fopi chegando e eu, como boa doidinha, pedi pra atenderem o interfone caso fosse preciso, porque eu ia tomar um banho, HAHAHA.

o pessoal foi chegando e ficamos conversando, beliscando as comidas, cozinhando e rindo. a coisa boa de sentir ansiedade mas fazer é que você se dá conta de que a ansiedade te faz pensar em tudo o que vai dar errado, mas não te mostra como seria se tudo desse certo. além de elogiarem a casa, a mesa e as comidas, todo mundo adorou o bingo.

como é que pode a gente achar que tudo vai dar errado e tudo dar certo? não aguento mais ser maluca, gente.

os prêmios do bingo (a galera também trouxe algumas coisas!)

eu cantei o bingo, e foi muito engraçado. todo mundo ganhou pelo menos um prêmio (seria isso um milagre de festa junina?) e, quando todos começaram a ir embora, os que ficaram simplesmente começaram a organizar tudo e lavar a louça!!! não vou negar: com a correria pra deixar tudo pronto, eu tava exausta. fui dormir às 3 da manhã no dia anterior pra deixar os caldos prontos e a casa arrumada. então, ver meus amigos me ajudando e ficar sem nenhuma louça pra lavar depois da festa foi o meu prêmio do bingo 💖 é muito bom ter amigos queridos!

a coisa deu tão certo que já quero fazer um bingo no fim do ano, e outra festa junina no ano que vem. acabei o dia me sentindo tão feliz que nem parecia que ultimamente eu ando borocoxô. a lição do dia foi: eu adoro companhia. adoro sair, adoro cuidar as pessoas, adoro apreciar e ser apreciada, e adoro me divertir. preciso me esforçar pra não me esquecer disso!

e é isso. no mais, estarei incentivando todo mundo a fazer sua própria festa junina, hahaha. o único problema é que agora tem tanta comida na minha casa que eu não sei se vou conseguir comer tudo.

beijocas com arroz doce e caldo verde!

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