quinta-feira, 17 de julho de 2025

como já diria vanessa da mata: aiaiaiaiaiaiai

quando eu comecei a escrever aqui, há uns 3 dias, estava num humor levemente... dramático.

quando certa manhã eu acordei de sonhos intranquilos, encontrei-me em minha cama metamorfoseada em uma senhora com dor nas costas monstruosa.

eu não sei o que aconteceu, juro — na verdade, até tenho um palpite... aliás, dois: ou foi dormir com um braço esticado embaixo do travesseiro, ou ficar toda torta jogando videogame no sofá —, mas estou aqui com uma dor muito louca nas costas, ali pela escápula, sabe?, e toda vez que eu mexo meu braço esquerdo um pouco mais, dói. acho que é um nervo comprimido, um músculo que deu nó, algo assim. ainda tô pensando se aguento um pouco pra ver se melhora sozinho, ou se saio correndo pro pronto-socorro mais próximo cantando ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai, igual à vanessa da mata.

como dá pra ver, eu estava um pouquinho (só um pouquinho 🤏) chateada com a minha dor nas costas, o que me transformou, segundo eu mesma, num monstro kafkiano. é que não era  a dor nas costas — minha garganta também resolveu ficar ruim do nada, e eu, de tanto estar ansiosa e ficar coçando o olho, vi meu olho direito começar a inchar e percebi que estava com um terçol. uma tripla combinação de pequenas desgraças (se bem que a das costas não foi tão pequena assim, eu tava travada) que piorou meu estado mental e me jogou ainda mais fundo no poço.

tá, calma, tô colocando o carro na frente dos bois. vamos começar de novo: acho que eu tô numa crise depressiva braba.

[sons de suspiros exaustos]

talvez outras pessoas já tivessem percebido antes de mim, mas eu vi se consolidando no meu dia-a-dia a falta de ânimo, de empolgação, a ausência de propósito e de vontade de fazer qualquer coisa. é difícil me alimentar de forma saudável, é difícil querer arrumar a casa, é difícil prestar atenção nas coisas, é difícil me sentir feliz mesmo quando eu jogo um videogame ou assisto alguma coisa. e isso começou a me deixar puta das calça.

eu já comentei isso antes, mas eu detesto ficar deprimida. é uma coisa engraçada de se dizer, mas não estar bem me deixa muito brava; não sei se é por eu já ter feito terapia, se é por tomar remédio há bastante tempo, se é por ser uma pessoa sem tanta paciência, mas eu sempre fico chateadíssima e querendo jogar tudo pro alto e fazer tudo na base do ódio... só que, como eu estou deprimida, não tem ódio o suficiente pra me motivar. eu queria entender de onde vem a falta de motivação pra fazer qualquer coisa de quando eu estou deprimida, porque não ter uma razão clara me deixa nervosa. sem uma fonte do problema, eu não tenho como resolver o problema. e não saber como resolver o problema é o que me deixa mais braba. só consigo pensar “como assim eu não consigo só ficar bem?” e, logo em seguida, “será que eu ficar nervosa com isso significa que eu sou ainda mais doida do que eu acho que sou?”.

enfim. escrevo isso já um pouco melhor, com minhas costas funcionando quase normalmente, minha garganta ainda meio-a-meio e meu olho voltando a ficar menos inchado e vermelho. o desânimo, porém, continua aqui — eu poderia compartilhar com, vocês minhas teorias pra isso também, que têm a ver com minha reposição hormonal, mas como são só teorias, deixa pra lá. vou marcar meus médicos e me queixar com eles.

esses dias, desanimada que só, duas músicas aleatórias apareceram na minha mente do nada: ai, ai, ai, da vanessa da mata (sim) e somos quem podemos ser, dos engenheiros do hawaii (sim). eu tenho a mania de sempre pausar novelas e filmes e séries quando alguma personagem tem um livro em mãos, porque gosto de ver se aquele livro específico tem alguma coisa a ver com o que acontece na trama (ou o que pode vir a acontecer); eu penso que talvez músicas que me vêm à mente do nada são mais ou menos isso, sinais de algo que eu não entendo completamente ainda, mas que está acontecendo ou vai acontecer... no caso, eu tava doente, mas não foi por isso que eu comecei a cantar vanessa da mata do nada no chuveiro, eu acho. e faz anos que eu não ouço nada dos engenheiros do hawaii. talvez tenha a ver com o momento da minha vida e com como eu preciso encontrar um propósito? sei lá. acompanhemos os próximos capítulos.

por fim, vou compartilhar um negócio aqui porque simplesmente NÃO TENHO NINGUÉM COM QUEM COMENTAR: há alguns anos (um bocado de anos, na verdade), eu comecei a ler essa webcomic chamada dumbing of age. ela começou em 2010, e eu comecei a ler acho que ali por 2017, 2018?, e continuei lendo pra sempre desde então. teve uma época que eu parei e perdi, mas então li tudo de novo e alcancei outra vez. é tipo uma tirinha de jornal que sai todo dia, contando a história de vários jovens que vão pra faculdade e aprendem a viver e fazem amizades e se relacionam e... crescem. um coming of age — daí o nome — cuja personagem principal é uma jovem que veio de uma comunidade religiosa muito conservadora.

eu não conheço tanta gente que acompanha quadrinhos desse jeito, por isso quase nunca indico pra ninguém, mas dumbing of age é minha pérola; todo dia eu acordo e uma das primeiras coisas que eu faço é ver a tirinha do dia. eu conheço e amo as personagens, e já aconteceu tanta coisa que é como acompanhar uma nov ela que dura mais de dez anos. que loucura. às vezes sinto muita falta de ter alguém com quem comentar, porque perdi contato com as pessoas que me indicaram há um tempão. sei lá. resolvi só jogar aqui porque o arco que tá acontecendo agora é completamente DOIDO e estão ACONTECENDO COISAS e às vezes é triste gostar muito de algo com quem você não tem alguém pra comentar.

o que, obviamente, não me impede de gostar muito disso. vai que alguém se interessa e passa a acompanhar. é quadrinho pra caramba.

e por hoje é só! ainda tô pensando em como vou tentar virar um ser humano apresentável outra vez na semana que vem, mas pelo menos hoje já é quinta, e amanhã é sexta, e no sábado eu posso tentar acordar mais cedo e ir na livraria trocar alguns livros e rever minha padoca francesa favorita. uma coisa de cada vez, né? já tô até procurando personal pra voltar a fazer exercício e ver se isso me ajuda a ter menos dor nas costas reviver! que loucura intensifies.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

uma internet pequena

encontrei algo incrível!,

mas já aviso que é incrível pra mim, o que não necessariamente significa que seja incrível pra outras pessoas. o que também não me incomoda tanto — afinal, cada pessoa se sente de um jeito a respeito de várias coisas.

ontem, enquanto eu passeava pelos blogs que sigo e lia a última postagem do blog do igor, me deparei com o blog do manu. com dezenas (sério, dezenas) de abas abertas na aba anônima do meu navegador (porque eu uso o computador do trabalho, e essa é a melhor forma de conseguir acessar os blogs e comentar sem fazer uma confusão com meus usuários pessoal e profissional do google), abri mais dezenas e dezenas; acho que, quando fechei a janela sem querer, devia ter umas setenta abas abertas. fazer o quê. a partir dessa descoberta de blog, dessas abas e do infeliz-mas-nem-tanto acidente de fechar tudo o que eu estava pra ler, se sucedeu uma linha de pensamentos que eu resolvi vir aqui tentar colocar em palavras.

acho que deu pra perceber, pela maneira como eu falo aqui dos blogs que acompanho, das pessoas de quem eu gosto, que eu sou uma pessoa apaixonada. pela vida. pelas coisas. mas, principalmente, pelas pessoas. eu acho a existência das pessoas, a forma como elas escolhem existir e se manifestar, uma coisa fantástica. eu gosto principalmente de conversar com as pessoas, e de ler o que elas escolhem compartilhar na internet. até gosto de vídeos (mas geralmente prefiro podcasts), mas algo sobre a escrita, pra mim, é muito particular. é deliberado. as palavras são escolhidas, mesmo que sejam espontâneas. tudo quer dizer alguma coisa porque alguém quer dizer alguma coisa, e não porque as palavras se juntaram ao acaso. eu acho isso o máximo.

há um tempinho, tenho essa postagem escrita que não coloquei pro mundo, por algum motivo; o nome é “world small web, ou uma internet pequena”, e eu falo sobre blogs, sobre existir sem querer a validação que as redes sociais insistem que a gente queira e sobre interagir enquanto contemporâneos na internet.

caindo em blogs por aí, nos últimos dias (que delícia!), acabei acessando e lendo mais sobre algumas plataformas mais descentralizadas de blogagem, como a bear, a writefreely a ghost, além do neocities, que já tá aí faz um tempo. achei muito interessante, uma proposta parecida com a do listography, por exemplo — um site sem a pretensão de depender de mecanismos de interação que criam aquela competição da gente com a gente mesmo: tenho muitas curtidas, comentários?, e etc.

apesar de achar maravilhoso esse momento da internet em que as pessoas fogem do que entendemos como rede social hoje, eu sinto falta da mecânica de comentários dos lugares. o listography perdeu essa mecânica, não deixando mais a gente comentar em listas de outros membros. também não existe sistema de curtida, o que realmente não faria nenhum sentido. lisa nola, a criadora do site, argumentou que o listography não pretende ser “social”.

(...)

sinto um pouco de saudades de poder comentar, pra dizer a alguém que gostei da lista, ou só pra começar uma conversa sobre o assunto escrito ali. eu sinto que o que torna uma rede mais humana é a possibilidade de interação, a discussão verdadeira — não algo pasteurizado, em posts pequenos ou apelativos, como geralmente vemos no xuitter, no facebook, no instagram ou no tiktok, mas experiências compartilhadas, pensamentos expostos... interações sinceras, sabe? não precisa ser algo enorme, mas se tem uma coisa que me faz bem é poder apreciar a companhia de outras pessoas que escrevem blogs e que passam por aqui, como se fossem vizinhos dizendo oi na porta da minha casa, e eu bato palmas pra chamar e dizer oi quando passo na porta da casa deles também.

acho que isso é um dos pontos que me atrai no blogger e me faz não entrar em outras plataformas, pelo menos por enquanto. isso e o apego afetivo que eu tenho, porque o blogger foi o primeiro lugar que eu usei pra criar um blog, e eu posso continuar por aqui. inclusive parece um lugarzinho meio parado no tempo, quando a gente vê todas as atualizações que o google implementa nas suas ferramentas; e eu nem acho isso ruim, pra ser sincera. gosto da sensação de estarmos mantendo algo que torna a internet mais “caseira”. menos ampla, nesse sentido de enorme, que faz com que tanta gente falando tanta coisa não faça diferença alguma; uma internet pequena, não só no blogger, mas em todo esse ecossistema de blogs, de interesses e de corações abertos uns para os outros. é isso que mantém a internet um lugar habitável.

fico muito feliz em fazer parte da internet pequena que a gente constrói por aqui: falando o que queremos, independente de ser interessante pras outras pessoas lerem ou comentarem, porque um blog é como uma casa, e eu não decoro minha casa pensando no que os outros vão pensar.

é uma citação enorme, eu sei, mas eu precisava trazer isso pra fora daquele rascunho que nunca viu a luz do dia. depois de ler alguns posts do manu — em especial esse aqui, mas outros, também —, escrevi um e-mail pra ele. eu sou emocionada, e queria dizer o quanto me faz feliz encontrar na internet mais gente que pensa parecido, que existe e se manifesta parecido comigo, mesmo que a gente não se pareça tanto assim. um dia depois, ele me respondeu, e eu fiquei pensando em todo esse ecossistema de blogs na internet e em como minha vida mudou depois que eu saí das redes sociais.

eu não acho que as pessoas precisem sair das redes sociais pra levar uma vida plena — acredito que algumas pessoas lidam com equilíbrio melhor do que outras, e eu não sou uma dessas pessoas, as redes sociais estavam sugando minha atenção, meu ócio, meu tempo livre, tudo, feito um buraco negro; então, eu decidi sair. simples e fácil. tinha saído do twitter há um bom tempo, e não havia motivo pra ser mais traumático sair do instagram.

uma das coisas que eu percebo, sempre, é que o deixar de ter que chamar a atenção das pessoas vem como uma faca de dois gumes: é bom e, ao mesmo tempo, não é. hoje, nessas minhas saltitadas pelos cantos da internet, caí por causa da ba num post do deniac em que ele diz algo que resume isso que eu sinto:

Às vezes, cansa publicar nas redes. Ficar dizendo “olha aqui, olha eu”, como se fosse preciso subir num banquinho toda vez para existir.

eu ando cansada de querer ser percebida a qualquer custo. por que eu quero ser percebida? porque eu quero, ou porque querem que eu queira? a conversa fica um pouco mais filosófica quando a gente envereda por esses lados, mas vocês provavelmente entenderam o que eu quero dizer: querer ser relevante, ter razão, ser a voz por trás do último hot take do momento, tudo isso é muito exaustivo. eu percebi que só quero mesmo escrever sobre como meus dias estão difíceis, ou sobre como eles estão ótimos, ou sobre como eu acabei de jogar um joguinho novo ou de assistir uma série. sobre as coisas que eu penso e sinto, sem que ninguém precise dizer o quão ótimo ou não foi aquilo que eu escrevi.

ironicamente, eu também não escrevo num vácuo; fosse assim, esse blog seria uma página de documento de texto, ou um diário escrito à mão. mas acho que se abrir pra uma conversa, compartilhar o que se pensa de forma deliberada, é diferente de pedir por atenção. é uma cadeira — não pra eu subir e fazer graça até que me percebam, mas pra que alguém, eventualmente, se sente e me conte de como seus dias estão ótimos, terríveis, sobre o que gosta e o que não gosta.

uma coisa engraçada, inclusive, que eu estava pensando enquanto abria meia dúzia de links (agora perdidos, já que eu fechei aquela janela anônima. rip): eu não faço a menor ideia de como encontrei a maioria dos blogs que acompanho aqui. vocês se lembram como encontraram os blogs que seguem? eu fico pensando que deve ter sido através de alguém que lia alguém, de um blog que acessei através de outra pessoa e que tinha um blogroll, no qual estava outro blog, o qual tinha seu próprio blogroll — e por aí vai. mas acho isso divertidíssimo. sei que o BMRTT existe há muito tempo, mas só agora fui interagir com a ba; aparece um monte de gente aqui e eu me sinto grata e apreciada — não feliz por ser notada, mas feliz por me estenderem um fio de prosa. penso por onde anda a cacá do a life less ordinary, que eu adorava acompanhar. todas essas pessoas pelas quais a gente passa e que passam pela gente, e às vezes a gente passa direto. eu não quero mais passar direto; quero fazer amizades. quero criar conversas. quero mandar e-mails e postar cartas, porque conhecer gente é bom, e me perceber apaixonada por todos os meus amigos é bom também. é maravilhoso sentir que a vida é bonita, que a vida presta, como disse a fernanda torres.

acho que essa postagem é uma homenagem a todo mundo que eu acompanho, com quem eu falo, pra quem eu comento, de quem eu lembro; afinal, eu amo gente, e vocês são gente. tenho conversado com minha namorada, que é outra pessoa fantástica que eu amo e que queria poder apresentar a todo mundo, sobre música brasileira, sobre cultura, sobre colocar pensamentos pra fora e existir em voz alta (mesmo que em escrita!); outra hora eu venho aqui falar mais sobre isso, porque já falei demais por hoje. inclusive sendo séria demais. risos. por hoje deixo só um sorriso e um agradecimento ao ecossistema de blogs que me faz sentir acompanhada por tanta gente nesse dia-a-dia de meu deus. e até logo!

quarta-feira, 2 de julho de 2025

pra ficar cracuda é só bobear

diarinho #3

vou continuar com os diarinhos, mas, como amo um nome maluco pras postagens, só vou atualizando aqui. dá pra acessar todos eles clicando aí em cima (ou pelo marcador lá embaixo, que é a mesma coisa).

✶ ✶ ✶

finalmente, FINALMENTE tenho me sentido melhor, depois da festa junina. se tem uma coisa que eu detesto é me sentir mal e deprimida — claro que tenho que estar um cadinho funcional pra conseguir pensar isso, mas vá lá. ando com dificuldade de levantar pela manhã, um desânimo e falta de vontade enorme de fazer qualquer coisa... ao mesmo tempo, ando com a maior vontade do mundo de ser feliz e fazer todas as coisas. acho que em breve vou voltar mesmo pra academia, pra aproveitar esse frio horroroso que tá fazendo em são paulo (desculpa, sou uma pessoa pró-calor).

✶ ✶ ✶

visto que lembrei como é BOM sair e ver gente e me divertir, agora tô tentando não me esquecer disso. como? ora, marcando coisas com as pessoas. só que tá todo mundo corrido e ninguém me responde!!! que coisa, não. tô com saudades até de trabalhar da firma. de trabalhar. preocupante. outra de quem ando morrendo de saudades é a minha namorada, e tenho dado umas choradinhas sempre que penso nisso. namorar à distância, praticamente morar junto e depois ficar a uma américa central de distância é horrível, não recomendo.

✶ ✶ ✶

como eu tava sem nada pra jogar além de alguns jogos bem bobinhos de puzzle, resolvi baixar stardew valley no nintendo switch (o que eu ainda não tinha feito).

não sei o que acontece, mas stardew valley é um dos jogos com a MAIOR capacidade de me transformar numa cracuda completa. eu penso no jogo antes de dormir, eu penso ao acordar, eu passo o almoço jogando. uma coisa assim, preocupante. o mais engraçado é que, pra um jogo em que você tem incentivos pra resistir ao capitalismo, a primeira coisa que se faz é tentar montar um esquema pra ganhar dinheiro o mais rápido possível 🙃 socorro. quando me dei conta do quão cracuda eu estava de novo (as outras vezes que joguei foi pelo computador, há um bom tempo), tomei a dramática decisão de apagar o jogo; afinal de contas, eu já alcancei a perfeição (o equivalente a zerar) duas vezes nesse negócio. agora, tô seguindo a indicação de um amigo e comecei a jogar crypt custodian, em que você é um gatinho com uma vassoura que limpa o pós-vida (KKKK). até agora, não fiquei cracuda.

✶ ✶ ✶

eu disse ali em cima, mas tá fazendo um frio desgraçado aqui em são paulo. eu fico sem condições de existir nesse frio. há uns dias, tentando não sucumbir à tristeza e falta de vontade de qualquer coisa, comecei a ler um dos meus livros não-lidos, imagens estranhas. achei bestinha, mas divertido — queria um livro que fosse de TERROR, sabe, me deixasse com medo, ou que pelo menos fosse um suspense que me deixasse NERBOUSAR enquanto leio. tô pensando em não ir pra nenhum desses dois lados e ler drácula (?), que eu encaro como um livro meio engraçado desde que vi alguns comentários e desenhos que um querido que eu seguia no twitter/instagram postava sobre a história enquanto lia.

✶ ✶ ✶

tenho me sentido mais segura em relação ao trabalho. acho que segura não é bem a palavra, na verdade... talvez menos insegura? na minha cabeça, são coisas diferentes. talvez menos desesperançosa, também. a realidade é que ando de saco cheio de fazer coisas nas quais não vejo muito sentido, e tarefas do trabalho se encaixam um pouco nisso. queria que meu cérebro entendesse que tudo bem se sentir assim, mas o aluguel aumenta todo ano e eu preciso pagar minhas contas, então seria ótimo conseguir uma promoção e um aumento.

✶ ✶ ✶

voltando ao tópico saudades, tô com saudades de ler os escritos da van. não digo isso como cobrança (deus me dibre), mas como um sinal de carinho, mesmo — é muito gostoso poder acompanhar quem eu gosto existindo. no tópico blogs, alguns blogs têm me dado muita vontade de mexer em html e css e fazer coisas loucas: a nana colocou um modo escuro no blog dela, e o layout do blog da lia é uma das coisas mais divertidas.vou mexer em html e css por agora? muito provavelmente não. mas apreciar coisas bem feitas também é muito satisfatório.

✶ ✶ ✶

chegamos no meio do ano, galera. não sei se rio ou se choro, porque tá tudo passando muito rápido. logo logo eu chego aqui com o resumo de junho do ano sem fazer compras — gastei um pouco mais que o esperado, mas não foram compras induzidas pela ansiedade, e sim a compra de prendas pro bingo KKK ai, é fogo. té mais!

post scriptums (04.jul.25)

esqueci de falar coisas que tinha pensado em falar!!! como não vou fazer outro post SÓ pra falar dessas coisas, vou colocar aqui mesmo:

uma das minhas alegrias ultimamente é ler a saga poliana origins, que a uaba tá postando no blog dela sobre sua personagem de the sims. é MUITO divertido. eu adoro quando as pessoas se divertem fazendo as coisas, porque aí eu me divirto mais ainda lendo!!!

***

acabei meu tratamento com o roacutan, né, como contei quando voltei pra cá esse ano. acontece que agora, sem o remédio pra deixar minha pele sequíssima, ela tá voltando a produzir um nível maior de sebo... e eu me desacostumei totalmente!!! tomando roacutan, podia deixar o cabelo DIAS sem lavar (muitos dias mesmo. tipo 5 dias. sem nem coçar o couro cabeludo), e agora com 2 dias dele sem lavar já começo a coçar a cabeça. que tristeza. outra coisa é que eu sinto o óleo na minha pele. faz sentido? fazia tanto tempo que eu nem me lembrava da sensação. agora, um ponto positivo é que eu tenho suado muito menos do que estava suando durante o tratamento!! claro que tem feito frio horrores por aqui no sudeste, então vou esperar voltar o calor pra ter certeza... mas quem acredita sempre alcança, etc.

***

a lorde lançou um novo álbum, virgin, e lá fui eu ouvir — pra você que não sabe, eu gosto muito de lorde e melodrama foi um dos álbuns que mais me impactou à época do lançamento (e um tempão depois). só que... sei lá, desde então, a lorde tem falado sobre experiências muito específicas e com as quais eu não consigo me relacionar. sinto saudades de ouvir um álbum e pensar meu deus, eu me sinto assim!, e não sinto isso com os álbuns dela, mais... como eu disse, experiências específicas demais, do tipo ah, aí ele foi lá e cuspiu na minha boca e transamos loucamente e eu fiquei grávida mas tudo bem já passou. nada contra cuspir um na boca do outro e transar loucamente, mas não é minha realidade, aí fica um pouco difícil kkkk

terça-feira, 1 de julho de 2025

olha a quermesse em casa... é verdade!

eu fico sempre me cascando de rir com o snoopy da roça

a minha quermesse aconteceu! depois de muita ansiedade e maluquice, alguns amigos vieram aqui em casa e comeram, cozinharam, fofocaram, jogaram bingo e lavaram louça (?) comigo.

como eu tinha comentado, ao ir numa festa junina de igreja com minha amiga amélie, fiquei com muita saudade da minha terra. não que tenha sido ruim, mas em são paulo todos os lugares são CHEIOS, e eu acabo me sentindo meio sufocada. em juiz de fora, eu sempre ia na festa junina da igreja do meu bairro, e, apesar de encher, nem se compara à quantidade de gente que tinha aqui; fiquei querendo algo que me fizesse sentir mais em casa, com caldos, arroz doce, bolo, bingo e música boa. depois de irmos ao bingo dessa festa (que também tava lotado), comecei a matutar essa ideia de fazer uma festa junina com bingo pros meus amigos.

depois de uma breve enquete no grupo de whatsapp dos meus amigos de trabalho que gostam de fazer rolês aleatórios — já fomos de sessões de jogo de tabuleiro e mexer com cerâmica juntos a fazer um dia de avaliação de bolos, com cartão de notas e tudo —, eu vi que tinha gente o suficiente interessada, o que me fez pensar mais a sério. a próxima questão era: o que eu vou fazer pras pessoas comerem?junto a meu deus, será que cabe todo mundo na minha casa?. fiz uma listinha de coisas que eu sabia fazer: caldo de abóbora com gengibre, caldo verde, arroz doce, pipoca (risos), milho verde, e o resto podiam ser coisas compradas, mesmo: bolo de milho, paçoca, pé de moleque, etc. meu amigo emilho disse que podia fazer o vinho quente, eu fiquei de fazer o quentão e, depois de confirmar que ia acontecer, entrei na shopee e selei o meu destino, comprando um bingo e um talão de cartelas.

ele é muito bonitinho e eu o amo

comecei a fazer a lista de compras, enquanto amélie me mandava mensagem perguntando o que eu queria que ela fizesse. das comidas eu dava conta, e tinha cadeiras, sofás e banquinhos o suficiente pra todos se sentarem, mesmo que ficasse apertado, mas ainda faltava uma coisa importante: os prêmios do bingo.

o que diabos eu ia colocar como prêmio de bingo, meu deus? afinal de contas, bingos de igreja geralmente têm eletroportáteis e eletrodomésticos como prêmio — liquidificador, batedeira, pipoqueira, ventilador, sei lá. faz muito tempo que eu não vou a um bingo de igreja, e o da quermesse aqui de são paulo tinha prêmio em dinheiro. que graça tem um prêmio em dinheiro?

com isso na cabeça, comecei a pensar. na festa que minha família fazia no fim do ano, sempre tinha bingo. os prêmios eram coisas que eu achava muito mais legais: um pudim da minha vó, geleias, uma rede, um frango assado, uma torta... acho que tinha alguns prêmios maiores, mas não me lembro. a graça do bingo não era ganhar, e sim ficar rindo e participando com todo mundo, prestando atenção e gritando “manda a boa!”. era muito mais sobre o sentimento de expectativa do que sobre conseguir completar uma cartela cheia, até porque eu nunca fui muito boa em ganhar nada que dependesse de sorte.

comecei a matutar prêmios que não fossem uma coisa bizarramente cara, mas fossem úteis ou, no mínimo, engraçados. a ansiedade que isso me fez sentir... vocês não têm ideia! eu tenho essa tendência a ficar muito nervosa quando marco alguma coisa, pensando em tudo o que pode dar errado. na minha cabeça, a lista tava assim:

tudo o que pode dar errado na festa junina
  • muita gente confirmar e não ter lugar pra todo mundo sentar
  • as pessoas acharem minha casa feia/estranha/suja/bagunçada
  • ninguém gostar da minha comida
  • todo mundo odiar os prêmios do bingo

eu, catastrofizando? nãããão, quê isso. apesar disso, segui firme e forte, fui comprando as coisas pro bingo, pra fazer os caldos, o arroz doce, testei uma receita vegana, bora que bora. ficou marcado pra domingo, dia 29 de julho — no próprio domingo eu ainda tava desesperada indo pra rua porque não tinha achado barbante pra fazer as bandeirinhas (porque, claro, eu mesma recortei as bandeirinhas) e correndo pra comprar uma cachaça pro quentão.

MODÉSTIA À PARTE, todo mundo falou super bem da comida

como vocês podem imaginar, no fim das contas, deu tudo certo; arrumei a casa e fiz os caldos no dia anterior, fiz a decoração no dia, e preparei o arroz doce perto da hora da festa. emilho chegou pra fazer o vinho quente, o pessoal fopi chegando e eu, como boa doidinha, pedi pra atenderem o interfone caso fosse preciso, porque eu ia tomar um banho, HAHAHA.

o pessoal foi chegando e ficamos conversando, beliscando as comidas, cozinhando e rindo. a coisa boa de sentir ansiedade mas fazer é que você se dá conta de que a ansiedade te faz pensar em tudo o que vai dar errado, mas não te mostra como seria se tudo desse certo. além de elogiarem a casa, a mesa e as comidas, todo mundo adorou o bingo.

como é que pode a gente achar que tudo vai dar errado e tudo dar certo? não aguento mais ser maluca, gente.

os prêmios do bingo (a galera também trouxe algumas coisas!)

eu cantei o bingo, e foi muito engraçado. todo mundo ganhou pelo menos um prêmio (seria isso um milagre de festa junina?) e, quando todos começaram a ir embora, os que ficaram simplesmente começaram a organizar tudo e lavar a louça!!! não vou negar: com a correria pra deixar tudo pronto, eu tava exausta. fui dormir às 3 da manhã no dia anterior pra deixar os caldos prontos e a casa arrumada. então, ver meus amigos me ajudando e ficar sem nenhuma louça pra lavar depois da festa foi o meu prêmio do bingo 💖 é muito bom ter amigos queridos!

a coisa deu tão certo que já quero fazer um bingo no fim do ano, e outra festa junina no ano que vem. acabei o dia me sentindo tão feliz que nem parecia que ultimamente eu ando borocoxô. a lição do dia foi: eu adoro companhia. adoro sair, adoro cuidar as pessoas, adoro apreciar e ser apreciada, e adoro me divertir. preciso me esforçar pra não me esquecer disso!

e é isso. no mais, estarei incentivando todo mundo a fazer sua própria festa junina, hahaha. o único problema é que agora tem tanta comida na minha casa que eu não sei se vou conseguir comer tudo.

beijocas com arroz doce e caldo verde!

© arantchans • template por Maira Gall, modificado por mim. • changelog