sexta-feira, 13 de junho de 2025

diarinho #1

esses dias todos tenho lido muita coisa e pensado em muito que queria dizer. parece que estou sempre falando do que eu queria dizer, e nunca dizendo — me pergunto se isso é um grande problema meu comigo mesma, ou se só sou preguiçosa e enrolona.

não tenho estado muito bem. quando me pergunto se deveria mesmo falar qualquer coisa aqui, quando me pergunto se vale a pena dizer algo mesmo que ninguém se interesse, eu me interrompo imediatamente: por mais que eu compartilhe, não é pra vocês que eu escrevo; são palavras minhas pra mim que eu dedico ao mundo. e o mundo pode ver as palavras que eu acho que gostaria assim como as que eu acho que não. enfim. minha alimentação anda péssima, eu queria estar comendo melhor e me exercitando e sendo uma pessoa funcional, mas tenho sido só... o que dá. e o que dá é a sobrevivência, eu acho.

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tenho sei-lá-quantos links abertos no meu navegador, páginas de blogs que eu li e pensei que queria comentar, mas ainda não comentei. vocês já passaram por isso? às vezes, eu quero dizer algo, mas parece não haver palavras pra isso — às vezes queria só dar um sorriso, uma piscada, ou um abraço, ou um aperto encorajador no braço (que eu só daria em quem sou próxima, porque não se faz esse tipo de coisa com quem não se conhece). eu penso em como é divertido que todos nós existimos e compartilhamos o que a gente pensa, que nos conectamos em pontos aqui e ali, como uma enorme teia de aranha, ou conexões neurais. o mundo é uma coincidência feliz, nesses momentos. li a marina, que eu gosto tanto de ler, tão de graça. ela chamou minha escrita de “diarinho”, e eu achei bonitinho, e trouxe pra cá. através dela, descobri a lia, que também está em várias abas abertas — o que comentar quando gestos não se traduzem em palavras?

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de vez em quando, acordo com músicas na cabeça. faz tempo que não acordo com nenhuma, mas hoje, quando abri os olhos, uma frase se fez imediatamente na minha mente: drão, o amor da gente é como um grão..., e estou ouvindo agora a versão de milton nascimento, que acho linda, linda. às vezes não lembro das palavras, só da melodia, e é mais difícil encontrar a música em si. gosto de manter uma lista com essas coisas que parecem insignificantes, mas que podem significar alguma coisa. ou que posso fazer significar.

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a lana postou um tutorial de como fazer uma página estática diferente das outras no blog, e eu, que tinha comentado a respeito na postagem anterior dela, me senti agraciada. é impressionante como as pessoas podem ser gentis e solícitas sem que ninguém pergunte, né? me senti especial, mesmo que um pouco, mesmo que não tenha nada a ver comigo o fato de ela ter postado esse tutorial.

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estou sendo mentorada no trabalho, e minha mentora é mais nova que eu. é difícil me desatrelar da ideia de que hierarquia e idade estão juntas — eu nem gosto de hierarquia!, mas pensar que alguém mais novo que eu já conquista mais do que eu conquistei me faz sentir mal comigo mesma. não com inveja, não desejando mal ao outro; mas insuficiente. e há tantas pessoas assim no meu meio, tantas que eu admiro e por quem torço! tento engolir em seco e aceitar os conselhos e dicas e palavras como aceitaria as de quem me ajudasse, em uma situação que não envolvesse hierarquia alguma. tem sido difícil focar no trabalho, me desenvolver, porque eu não... quero, na verdade. queria deixar o trabalho pra lá e poder fazer todas as outras coisas que são mais bonitas e brilhantes e divertidas e me fazem bem; mas tenho que trabalhar, e meus ombros doem com tanta tensão. e continuo tentando ser quem esperam que eu seja, apesar de não ter ideia de quem eu espero ser.

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pensei em fazer uma lista de coisas que me dão alegria e me fazem querer continuar o dia, atualmente:

  • assistir vale tudo com minha namorada no fim do dia
  • ...?

descobri, um pouco triste, que não tem tanta coisa que me dê vontade de continuar, por esses dias. não há jogos, ou hobbies, ou acontecimentos, ou vontades, ou pessoas, ou realizações. me pergunto há quanto tempo eu não tenho sonhos, não aqueles durante a noite, mas aqueles que nos fazem viver dia após o outro esperando por (e trabalhando para) sua realização. onde foram parar? qual foi a última vez que tive um sonho de verdade? eu não me lembro.

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tenho passado por um grande nervoso, envolvendo uma pessoa no trabalho que eu acho que não me considera uma boa profissional, ou talvez só não boa o suficiente. não sei se é coisa da minha cabeça ou se acontece de verdade, e isso tem me incomodado mais do que eu gostaria de admitir. me sinto de certa forma humilhada, do mesmo jeito que sempre me senti quando percebi que talvez não fosse tão boa quanto as outras pessoas no que era esperado de mim. como ser melhor? como ser melhor quando não se liga tanto pra ser melhor? como manter um estilo de vida confortável sem ser excepcional? sempre me orgulhei em não ser louca pelo trabalho, não pensar nisso dia e noite, mas isso começou a pegar no meu pé. o tratamento que eu e meu psiquiatra escolhemos primeiro pra abordar minha falta de concentração não deu certo, e eu me pergunto vez e vez de novo se o problema sou eu. me perguntar isso também parece meio patético — será que, se eu não tiver solução, tudo bem sentir pena de mim mesma? eu não queria sentir pena de mim mesma, mas também não queria ser a primeira a apontar o dedo e me julgar insuficiente. infelizmente, eu sou. mas tento não ser. uma coisa de cada vez.

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caí no blog da cláudia (no qual, de tempos em tempos, acabo caindo, mesmo) e isso me fez voltar a assistir ted lasso — eu parei na primeira ou segunda temporada, e nunca mais terminei. ultimamente, tenho assistido muita coisa: filmes, séries, animes. ted lasso é uma série tão querida, que me traz tanto a sensação de uma coisa inerentemente boa, que foi bom voltar a assistir agora que não estou me sentindo tão bem. você tem razão, lana, vou checar as vitaminas D e B12. vai que.

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por fim, é isso. pulando de um assunto divertido pra um meio triste, pra um legal, pra um filosófico, porque a vida é assim. tenho que me lembrar de não demorar tanto a escrever, porque senão a porta da escrita emperra e eu não me lembro de vir aqui de novo por mais um tempão.

terça-feira, 10 de junho de 2025

giro de notícias

ultimamente eu tenho pensado muito em escrever, contar coisas pra vocês e etc e tal, mas acaba nunca saindo do mundo das ideias. então, inspirada em blogs antigos que eu seguia que tinham os queridos drops da semana (que saudade!) e também no “do quarto numa quarta” do zé tampinha, vou só despejar tudo aqui antes que eu me esqueça o que queria compartilhar, risos.

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venvanse: o inimigo agora é outro

pra quem me ouve (ou me lê) com alguma frequência, sabe que a cada 10 desabafos, 11 são porque meu foco não é lá essas coisas. isso vem sendo reclamado não só pros meus amigos, colegas de trabalho e transeuntes aleatórios que calhem de me ouvir, mas também pros profissionais que cuidam da minha cabeça. meu psiquiatra, depois de algumas tentativas, resolveu me receitar o venvanse, psicoativo, pra ver se fazia algo com a minha disfunção executiva, dificuldade de foco e coisa e tal e tal e coisa.

em duas palavras: não funcionou.

em mais palavras: não só eu não consegui ter meu foco restaurado (ai, ai! dor), como também fiquei ansiosa horrores. agora, ao invés de um problema sem solução, eu tenho dois problemas!!!! e nem é pelo preço de um, porque vocês já viram o preço dos remédios na farmácia??? enfim. tô chateadíssima, preciso marcar com meu psiquiatra mais uma vez pra chorar as pitangas e procurar outra solução pra questão do foco que vem me afligindo há anos. vou te contar, o pobre não tem um minuto de paz.

como se não bastasse, dia desses eu estava assistindo novela e meu controle simplesmente SUMIU. depois de revirar o sofá — onde geralmente as coisas caem e desaparecem — e não encontrar coisa alguma, eu fui pegar um copo d'água, e...

...qual a minha surpresa quando eu encontro o controle da TV meio mergulhado dentro de uma cumbuca cheia de água. agora, como ele foi parar ali? QUANDO??? ninguém sabe. e agora eu preciso encontrar um lugar que conserte o meu controle.

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fuxicando a correspondência alheia

tenho voltado a ler, e o livro da vez é “minhas queridas”, um compilado de cartas que a clarice lispector enviou às irmãs durante um período de sua vida em que viajou bastante. eu gosto muito de ler compilados de correspondências, me deixa animada pra escrever também, e é como poder dar uma olhada no findo da alma das pessoas. as correspondências da clarice são muito legais; ela é dramática horrores, apegada à família, e cheia de manias. claro que tem todas as problemáticas dela, mas é interessante ver tudo isso mesmo assim, sem apagar as partes ruins e mostrar só as boas.

tô cheia de cartas a responder, também, que fico dizendo que vou responder já faz uns quatro meses. vocês acreditam que a gente já tá em JUNHO??? é meio chocante que o ano esteja na metade. tenho tantos cursos a fazer, coisas a resolver, projetos a engatar, cartas a responder!, que chega a ser desesperador pensar que só tenho seis meses pra isso tudo. com sorte, a ansiedade vai me dar uma folguinha e eu vou conseguir escrever todas as cartas atrasadas por aqui.

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não morri de fome

depois de mais de um ano tentando (!!!), finalmente cheguei ao fim do modo aventura em don't starve! desde que eu descobri que existe um modo aventura no jogo, completamente ao acaso, fico jogando em morrendo, jogando e morrendo, jogando e morrendo toda vez.

eu explico: o modo aventura é um desafio em don't starve que tem elementos da história do jogo; você passa por cinco fases, cada uma com uma dificuldade diferente: em uma delas, é inverno pra sempre, e você tem que se cuidar pra não congelar; na outra, você precisa viajar por ilhas com biomas diferentes pra conseguir todas as “coisas” que te levam pro próximo mundo. às vezes eu morria por motivos dignos, e outras por motivos meio bestas, mas agora aconteceu: cheguei ao final! não sei se fico feliz por conseguir depois de tanto tempo ou triste por não ter mais o que jogar.

pelo menos supostamente teremos o lançamento de silksong esse ano, já que eu não tenho nenhum outro metroidvania pra jogar.

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os irmãos lata velha

ainda no tema “coisas que finalmente fiz”, criei coragem e assisti fullmetal alchemist: brotherhood. eu tinha assistido o anime de 2006 há um bocado de tempo, e acabei não me interessando tanto pelo de 2009, que segue a história do mangá, já que foi feito depois do fim do lançamento. brotherhood é divertidíssimo, e foi bom finalmente conhecer a história da forma como foi pretendida. agora, fico pensando no que mais posso assistir que tenha postergado por muito tempo... eu tenho esse hábito terrível de demorar muito pra assistir coisas que me interessam. pelo menos sempre tenho algo pra ver.

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será que estou deprimida ou será só o capitalismo tardio?

(spoiler: acho que são os dois)

ultimamente, como eu disse lá em cima, tenho ficado muito ansiosa. se fosse só esse o problema, tava tudo bem, mas além da ansiedade tem me batido um desânimo enorme, uma falta de vontade terrível pra fazer toda e qualquer coisa, e uma inclinação enorme a querer apenas... dormir. e dormir, e dormir, e dormir. eu sei que tem coisas acontecendo no trabalho que me deixam irritada e sem saber ao certo o que fazer, e que não conseguir me concentrar me deixa com menos vontade ainda de trabalhar, mas esse desânimo que não me deixa nem comer direito é ruim demais!

quero voltar a fazer as coisas do jeito que fazia antes. agora parece que tudo me cansa muito mais do que devia, que levantar pela manhã é trinta vezes mais difícil, e que nada mais tem graça. alguma coisa na minha medicação deve estar funcionando, porque ao invés de me render a essas sensações, eu fico com raiva; não quero me sentir assim. quero voltar a me alimentar direito, e me empolgar, e me mexer, e sair com meus amigos, e cuidar da minha postura, e ler, e escrever cartas.

às vezes, penso se não é o trabalho que me deixa tão desanimada. ser adulto é fazer coisas que você não quer, mas me pergunto o quanto passar uma parte tão grande do meu tempo fazendo coisas que não me interessam de verdade e vivendo nesse ambiente de desenvolvimento-profissional-acima-de-tudo afeta minha saúde mental. no fim das contas, não importa: vou continuar tendo que trabalhar pra pagar as contas no fim do mês. a grande meleca que é o capitalismo e a vida adulta e tudo o mais..

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queria ter um giro de notícias mais legal pra vocês, mas é o que tá dando. tenho sentido falta de companhia e de conversar — algumas das partes boas das redes sociais é não se sentir tão sozinha. até lá, vou me contentando (do melhor jeito possível) com os comentários e com a nossa fanfic conjunta sobre a relação familiar do leão do proerd e o leão da receita federal.

pra compensar, deixo vocês com dois links legais: a playlist do rato detetive, pra quem gosta de ouvir algo enquanto trabalha/estuda e quer fugir um pouco do lo-fi. é muito divertida, e as músicas da playlist tem nomes engraçadinhos, na temática rato detetive! o outro link é essa sessão gostosinha do mac demarco na KEXP, bem velha, mas que direto aparece pra mim e eu acho uma delícia de ouvir. dá aquela sensação de estar acordado de madrugada, como se o mundo fosse nossa bolha, sabe? às vezes, tudo o que a gente precisa é o silêncio da madrugada e uma música gostosa de se ouvir.

como vocês estão? como vai essa metade do ano por aí? espero que bem. se vocês gostarem de conversar tanto quanto eu, meu email tá na página sobre mim.

uma beijoca pra vocês e uma ótima semana!

sexta-feira, 30 de maio de 2025

atrasados do imposto de renda

e aí, beleza? por aqui, tudo certo. quer dizer, tudo certo agora, porque até exatamente ontem eu era a mais angustiada das pessoas, com meu imposto de renda ainda por declarar.

o mais engraçado do imposto de renda é que, sempre que chega a época de declarar esse negócio, parece que eu não me lembro de NADA que preciso pra poder declarar. como eu declaro desde 2020, já estava acostumada, né? veio 2021, ok. 2022, ok. 2023, ok. 2024, ok.

aí chegou a hora de declarar o imposto do ano de 2024 (o que acontece em 2025, quando 2024 já passou. e aí, quando você vai ver, tá maluca pensando se tá fazendo tudo certo, e termina sem saber que ano é).

caso você nunca tenha declarado o imposto de renda, funciona assim: no começo de um ano, você deve declarar tudo do ano anterior; seus bens, seus rendimentos, gastos com saúde/educação, e por aí vai. isso, obviamente, se você tiver recebido um valor superior a... peraí, deixa eu olhar... R$ 33.888, no ano. claro que tem mais regras e é um pouco mais complexo que isso, mas essa é a visão geral pra meros humanos como nós, que não têm milhões na conta. aí você vai lá e diz: ó, governo, eu ganhei isso aqui, gastei isso aqui, tenho isso aqui. o governo, que em grande parte das vezes já sabe de tudo isso, diz: beleza, pode passar, meu chapa.

só que a coisa muda se você entrou no mundo escuso das vendas de ações.

eu e minha amiga receita federal todo ano

explicando: na firma(TM) nós recebemos, além do salário, um reconhecimento pela performance, umas duas vezes por ano. só que esse reconhecimento, ao invés de ser pago em $$dinheiro na conta$$, é pago em ações da própria empresa no mercado internacional. é preciso esperar um período de tempo pra que essas ações realmente sejam suas, e aí você pode fazer o que quiser com elas: guardar, vender, o que for. novamente: é um pouco mais complexo que isso, mas pendura na minha conta aí porque eu mal sei fazer regra de três, imagina entender de contabilidade.

no ano passado, eu vendi um bocado dessas ações durante a alta do mercado, quando estavam valorizadas. o que significa que eu tive lucro sobre essa venda. o que significa, meus amigos, que eu não sabia o que BULHUFAS eu tinha que declarar nesse ano. e, como a janela de declaração do imposto de renda esse ano abriu bem quando eu tava pra fazer minha cirurgia, adivinha o que aconteceu?

eu esqueci.

e fui esquecendo.

socorro.

e assim, não é que eu esqueci completamente, apagado da memória; é que eu lembrava de vez em quando, mas daquele jeito maroto, despreocupado. “ah, tem que declarar o imposto de renda até dia 30 de maio, né? não posso esquecer”. quando me dei conta, já era dia 25 e eu não tinha declarado, não sabia como declarar a venda de ações, não sabia como tava a legislação e estava me perguntando porque diabos é tão difícil deixarem todas as instruções pra declaração entendíveis pra pessoas que não sabem nada do mundo financeiro.

no fim das contas, deu tudo certo, na base do desespero, digo, da calma. fui pesquisando na internet, perguntando pras inteligência artificial, pedindo socorro dos meus amigos e consegui não apenas declarar, mas, milagrosamente, entender o processo pra chegar no que eu tinha declarado. declarei na tarde do dia 29, sentindo o bafo do leão no meu cangote (eu sempre acho engraçado o mascote do imposto de renda ser um leão. será que ele e o leão do proerd são amigos? grandes questões).

fica a lição do dia pra vocês: declarem o imposto de renda de vocês cedo, crianças. eu até diria que vou declarar cedo no ano que vem — eu geralmente declaro assim que deixam declarar, juro —, mas depois da adrenalina desse ano... vou deixar quieto.

antes tarde do que presa pela receita federal, eu acho.

terça-feira, 20 de maio de 2025

a vegetariana, han kang

a vegetariana, han kang ✶ 2018 ✶ todavia ✶ 176 páginas

como eu 1) não leio muito e 2) não estou mais nas redes sociais, achei que aqui seria um bom lugar pras eventuais leituras que faço. recentemente, aproveitei a feira do livro da unesp pra comprar alguns livros e quadrinhos legais, e esse foi um deles; como o livro é pequeno e eu estava na minha semana de trabalho presencial, aproveitei pra ler durante o trajeto casa-trabalho, na ida e na volta. comecei a ler na segunda e terminei na sexta pela manhã, então é realmente uma leitura bem rápida.

a história rodeia yeonghye, uma jovem mulher sul-coreana que, após uma noite de sonhos assustadores, decide parar de comer carne e consumir quaisquer produtos de origem animal. quando eu digo “rodeia” porque é realmente isso o que ela faz, permeando a vida das pessoas que convivem com a protagonista e nos mostrando tudo por uma ótica externa, ao invés de mostrar os sentimentos e pensamentos da própria yeonghye.

Dava a impressão de se contentar com observar tudo o que lhe acontecia, como uma espectadora, apenas. Não: quem sabe em seu interior coisas terríveis e inimagináveis estivessem acontecendo, e gerenciar tudo aquilo, mais as questões cotidianas, fosse desgastante demais para ela. Talvez por isso não tivesse energia suficiente para demonstrar interesse ou para reagir às coisas ao seu redor.

é um livro angustiante. quando peguei pra ler, já sabia que era um livro de “terror” (entre várias aspas, porque a fonte são as vozes da minha cabeça), mas não esperava que a narrativa fosse me deixar tão ansiosa; houve momentos em que eu estava lendo e decidia parar, porque sentia muito nervoso. aí resolvia voltar a ler. aí, parava de novo. entre trancos e barrancos, terminei a primeira parte do livro, que me deixou muito curiosa pelo resto.

não vou contar a história do livro a fundo aqui (por motivos óbvios), mas terminei a leitura me sentindo um pouco frustrada, esperando que fosse ter um certo surrealismo fantástico, algo que elevasse mais a parte assustadora da coisa toda. lendo um pouco sobre o livro e a autora, descobri que ele surgiu a partir de um conto que ela tinha feito em 1997 e que tinha exatamente esse surrealismo fantástico que eu esperava d'a vegetariana! o conto se chama the fruit of my woman (“o fruto da minha mulher”, em português), e você pode ler a tradução para o inglês aqui. importante sublinhar que o fato de não ser o que eu esperava fez com que a trama fosse igualmente forte, mas de uma maneira diferente, na minha opinião.

Tenho alguma coisa entalada na boca do estômago. (...) É por causa da carne. Comi carne demais. Todas essas vidas estão entaladas aqui. Tenho certeza. Sangue e carne foram digeridos e se espalham por todos os cantos do meu corpo; os resíduos foram colocados para fora, mas as vidas insistem em obstruir o plexo solar.

os temas do livro, principalmente após o final, são muito interessantes, e fiquei morrendo de vontade de falar sobre. é muito interessante observar os pontos de vista culturalmente distoantes dos nossos: o retrato de uma sociedade diferente, mas com dilemas internos assustadoramente parecidos com os que eu (e a torcida do flamengo, muito provavelmente) sentimos todos os dias. é um livro que fala muito sobre o que é ser uma pessoa, o que é existir em sociedade, o que são vontades e motivações, sem falar diretamente de nenhum desses temas.

por fim, achei bem legal! recomendo pra quem gosta de leituras que te deixam na bordinha da cadeira, com desespero e um vazio existencial quando terminam. acho que vou buscar um livro um pouco mais leve pra ser minha próxima leitura, risos.

domingo, 18 de maio de 2025

(mais) um ano sem fazer compras

oiê! então, como talvez algumas almas se lembrem, há quase quatro anos eu aderia ao projeto da vanessa de ficar um ano sem fazer compras. tudo bem que eu só postei durante 6 meses, mas, bom, o que interessa é mais a intenção do que o registro da coisa.

comentei recentemente com a van que estava pensando em voltar com o projeto, porque:

  • meus gastos andam irrefreáveis
  • compro muito por impulso, esperando aquela descarga de felicidade após adquirir algo que, vamos ser sinceros, eu nem preciso
  • quero voltar a economizar dinheiro e ter mais dinheiro guardado
  • preciso de uma fatura em valores que eu considere aceitáveis
  • não quero sucumbir ao consumismo desenfreado — tenho mais vontade de doar coisas do que de tê-las

tendo em consideração isso tudo, voltamos com (mais) um ano sem fazer compras no mês que vem, em junho!!! vou contar de mês a mês, sem datas específicas (pois sou péssima com datas em geral kkkk), e vamos ver como anda a fatura do cartão, já que, tirando os gastos essenciais (aluguel, contas, etc), eu passo tudo no crédito. a fatura do mês que vem já tem algumas coisas parceladas — como o meu lindo sofá resistente e confortável, e as passagens pra visitar minha vó no noroeste de minas —, então a fatura já levou uma facada nas costas, mas vou tentar mantê-la baixa mesmo assim. de todo jeito, a gente considera novos gastos.

as regras são:

✶ não devo gastar com:

  • vestimentas em geral — roupas, calçados e acessórios entre os principais itens aqui. eu não preciso de roupas novas!! nem sapatos!! deixa de ser DOIDA!!!!
  • livros — tenho um monte de livros não lidos em casa e eu nem mesmo sei ler, então não preciso comprar nada novo
  • jogos — exceto os que já estavam planejados, como deltarune e silksong
  • material de papelaria — USE SEUS ADESIVOS IMEDIATAMENTE, ARANTXA!!! (e envie cartas, também)
  • ifood — se for no VR tudo bem, agora no cartão de crédito não
  • uber — sempre que puder usar o transporte público, eu o farei. afinal, sou uma grande apreciadora do sistema de transporte público em são paulo
  • compras aleatórias da shopee — sejam elas quais forem!!!

coloquei as categorias/coisas que mais aparecem aí nas últimas faturas do cartão. posso eventualmente incrementar essa lista, mesmo que só dentro da minha cabeça.

✶ posso gastar com:

  • remédios — afinal, já deixo um rim na farmácia pelo menos a cada 2 meses, mesmo
  • pensão alimentícia coisas pras calopsitas — mesmo não morando na casa dos meus pais, eu me encarrego de comprar a comida dos bichinhos e quaisquer outras coisas que estejam precisando
  • presentes de aniversário — sem exagerar, obviamente
  • essenciais — mercado, alimentação, limpeza e manutenção da casa
  • cuidado pessoal — nesse aqui entram gastos com academia/esportes e relacionados
  • passatempos — coisas pros meus hobbies, desde que sejam gastos pequenos (como comprar argila, ou verniz, ou esmalte pras peças já queimadas)

é isso! ansiosa pra saber se vou conseguir, e animada — eu adoro um bom projeto pra me apegar, rs.

curiosidade: o figma, ferramenta que eu uso no trabalho, lançou recentemente vários recursos para pessoas que gostam de desenho digital/em vetor e usam a plataforma pra isso. eu achei legal demais e aproveitei pra fazer a ilustração do topo nele, transformando em gif com o meu confiável ezgif. não foi nada que eu tenha ficado HORAS trabalhando nisso (e eu fiz usando o trackpad, nem um mísero mouse foi usado), mas eu me diverti fazendo :^)

quarta-feira, 14 de maio de 2025

falta de estrutura, ou: oscar niemeyer, projete minha vida por psicografia

tenho me sentido sozinha esses últimos dias, mesmo estando rodeada de gente por estar trabalhando com meu time durante a semana. como não tenho rede social que me distraia e nem algoritmo que me engula enquanto eu passo por um milhão de vídeos rápidos, pensei: vou escrever.

(é engraçado que eu explique como chego aqui, a cada vez? eu acho meio engraçado. é como se eu chegasse meio atrasada a um compromisso e me sentisse compelida a explicar o porquê de ter me atrasado, mesmo que ninguém me pergunte)

uma das coisas que têm ocupado a minha cabeça é como eu tenho, por falta de termo melhor, “esquecido como se escreve”. não sei se tem a ver com o fato de eu não estar lendo tanto, ou não escrever mais no meu diário que uso pra preencher uma-página-por-dia (a última vez que usei o coitado foi, sei lá, há um ano? talvez mais), ou com a confusão mental que também atrapalha a elaboração das minhas ideias em voz alta (às vezes até na escrita!), seja no trabalho ou na vida em geral; só sei que meus textos me parecem quebrados, sem pé nem cabeça, começando em algum lugar e terminando em lugar algum, perdidos, como se eu não soubesse exatamente o caminho que queria tomar quando comecei a escrever. sobre isso, penso duas coisas: ou eu realmente estou com dificuldades seríssimas pra me comunicar, ou estou me tornando uma doidinha que escreve em fluxo de pensamento — essa segunda possibilidade é mais uma gracinha minha, porque eu sempre escrevi meio que num fluxo de pensamento maluco, falando do que me vinha à cabeça... mas então por que me parece esquisito o que eu escrevo agora, e não o que já escrevi antes?

bom, vai entender. só sei que tenho sentido falta de uma certa estrutura nos meus textos, o que me fez perceber que também não tenho percebido muita estrutura na minha vida. antes que pareça que eu sou só uma pessoa que reclama muito, calma!, juro que é mais uma reflexão filosófica e/ou organização de pensamentos do que uma autocomiseração em busca de pena. enfim, voltando: a falta de estrutura. não posso dizer que é um sentimento exclusivamente recente, mas a sua presença anda acendendo uma luz de alerta no cantinho do meu cérebro, como quem diz: talvez você precise prestar atenção nisso aqui. talvez, só talvez, esse negócio esteja afetando sua vida mais do que deveria. me sinto sem estrutura pra pensar nas coisas do trabalho, e me pego com pensamentos que ou são ridiculamente básicos, ou ridiculamente filosóficos, como “mas qual é exatamente o começo dessa tarefa?” e “será que eu devia voltar um pouco e descobrir como se faz esse processo do zero...? será que isso é possível, ou será que eu sou burra?”. geralmente, isso tudo termina comigo pensando que sou incompetente e que não é possível que eu não consiga executar duas, três tarefas paralelamente, porque, aparentemente, todo mundo (no meu trabalho) consegue.

só que eu não consigo, e isso me enfia numa crise existencial maluca. o pior de tudo é que o motivador dessa crise é o trabalho, e eu detesto ter o rumo da minha vida ditado pelo trabalho! quem diria, não é mesmo?, que as coisas vêm de onde menos se espera. assim, cá estou eu, pensando se meu problema é que odeio o sistema econômico, ou que odeio trabalhar, ou que sou incompetente, ou que tenho sim um distúrbio de concentração que torna virtualmente impossível pra mim conseguir executar funções que esperam que eu execute com uma mão amarrada nas costas. e aí eu só me sinto muito burra, mesmo, porque não quero trabalhar, não quero resolver, mas também não quero me sentir incompetente e inútil. 

queria dizer que é tudo culpa do capitalismo e deixar por isso mesmo, mas a verdade é que isso não resolve o meu problema, então eu só continuo na espiral de existencialismo, entrando, eventualmente, por uma portinha do niilismo, e desaguando, novamente, em lugar nenhum.

voltando um pouquinho ao tema da falta de estrutura e saindo um pouco do tema “trabalho”: sinto falta da terapia. tenho me sentido um bocado maluca, cheia de vontade de ficar falando essas coisas que eu acabei de escrever em voz alta e olhar pra cara da minha psicóloga esperando que ela me diga o significado da vida e do universo e tudo o mais; mas minha última psicóloga não casou muito bem comigo e toda vez que penso em procurar outra pessoa, só me vem à mente todo o trabalho em explicar meus contextos pra aquela pessoa, a construção da relação terapêutica/analítica, e... não, obrigada. acho que o que mais me desanima são as tentativas frustradas que precedem o encontro de uma profissional que saiba lidar com o meu jeito e jogue junto comigo ao invés de me dar o controle desligado e fingir que eu estou jogando junto; é cansativo, e eu já estou cansada. queria que fosse mais simples (toda vez que eu penso “queria que fosse mais simples”, acabo rebatendo que nada no universo é lógico, já que lógica é um conceito humano, e minha vontade é dar um murro na cara da voz que vive na minha cabeça e me diz essas coisas. que inferno!), mas não é. vou precisar respirar fundo e empregar parte do meu tempo na famosa Busca Pela Psicóloga Perfeita; até lá, sigo choramingando.

o ruim de ser uma pessoa que choraminga e rebate seus próprios choramingos é que eu nunca tenho uma pausa, nunca posso choramingar em paz e vivo cansada. e tudo isso é minha culpa! inacreditável.

✶ ✶ ✶

eu poderia falar mais umas duas ou três coisas sobre sentir falta de estrutura na vida, mas a verdade é que nem eu aguento mais, então vamos pra uma lista, pra variar.

coisas que eu tenho consumido e feito:

  • reassisti the haunting of hill house com minha amiga letícia. ela dormiu pela primeira metade do negócio inteira, mas depois que acontecem certas coisas (!!!), ela acordou e ficou VIDRADA. coisas ótimas: reassistir coisas que a gente gosta, e ver alguém assistir e gostar muito.
  • fui à feira do livro da rocha e à feira do livro unesp e comprei livros. eu não sou muito de comprar livros, mas peguei quadrinhos, romances, livros sobre tarô e ensaios/teorias (?). no momento, tô lendo a vegetariana, de han kang, que me lembro de ter visto muita gente falando bem, e, menina, senti TANTA ANSIEDADE no final da primeira parte que quase morri. juro, eu fui lendo na van pro escritório e a história ficava intensa, aí eu parava. aí fechava o livro. aí abria de novo. pra quem não lia há um tempão, tá sendo uma experiência.
  • eu tô sempre adiando começar séries novas porque... sei lá por quê. apego às séries que eu gosto? enfim, comecei a assistir uma série que lembro ter visto um trailer há zilhões de anos: ghosts. tudo bem que eu vi o trailer da versão original britânica e a que eu estou assistindo é a versão americana mais recente, mas é muito divertidinho!!!! séries de assistir quando você para de trabalhar e precisa desfazer o nó do seu cérebro.
  • acabei de assistir pousando no amor, depois de enrolar horrores pra assistir várias partes mais “tensas” (lê-se: estava estressada e não queria me estressar com doramas), e fiquei completamente apaixonada/destroçada. como assim várias coisas!!!! pior que nem tenho com quem comentar as coisas, porque assisti depois que todo mundo já tinha visto, mas ai. doramas dão um quentinho no coração, de vez em quando.
  • trabalhando presencialmente, acabei indo comer num lugar que monta cumbucas de salada, e fiquei pensando que tô com saudade de comer mais salada. a coisa é que eu sou péssima pra comprar as folhas e montar a salada todo dia, e acaba estragando tudo e eu choro porque detesto deixar comida estragar. talvez eu comece a pedir salada nesse lugar???
  • vale tudo, gente. eu tenho a teoria de que existe um buraco na mente de todo brasileiro que pode ser preenchido com a novela de sua preferência; como na minha mente tem um buracão, eu preencho com várias. é uma maravilha ter algo pra assistir todo dia, e tá sendo divertido poder ver e comentar com minha namorada — que, inclusive, começou a assistir a novela de 1988 e descobriu que é o maior pastelão, o que tá quase me fazendo assistir também.
  • ando me sentindo muito atraída de novo por duas coisas que eu gosto bastante: cerâmica e tarô. tenho que estudar coisas pro trabalho, e acho que minha cabeça tá tentando equilibrar a balança e me incentivar a estudar coisas que eu acho divertidas. achei fofo. também entrei na comunidade de ponto cruz no reddit, e fico pensando: e se...?. claramente preciso voltar a conviver com amigas bordadeiras.
✶ ✶ ✶

coisas sobre o blog: eu dei uma revisada muito por cima nos marcadores, reajustei uns, apaguei outros, e acabei relendo várias postagens (eu tenho tentado escrever menos “posts” e mais “postagens”. português na veia, inglês na cadeia!!!!!!, mas só às vezes) antigas do blog que me deixaram felizinha. é bom dar uma olhada no que a gente já fez, pra relembrar do que é capaz.

também tenho recebido comentários que me deixam feliz horrores e com vontade de abraçar suas respectivas escritoras. eu amo a relação que a gente consegue construir aqui, que enquanto eu derramo a alma vocês pegam uns baldes e tentam me ajudar a não alagar a cozinha enquanto comentam o que sentem/pensam/vivem/querem. obrigada por compartilhar seus pensamentos comigo <3

com isso, eu me despeço de vocês — afinal, falei pra caramba, já são onze da noite e eu ainda quero ler mais um pouquinho.

um beijo na testa de vocês e até breve!

quinta-feira, 8 de maio de 2025

feliz aniversário, envelheço na cidade

há quatro anos, um pouco mais cedo que agora, eu finalmente escrevia e postava pela primeira vez aqui, depois de resolver voltar ao mundo (público) dos blogs. eu sempre escrevi, muitas vezes em lugares privados, só pra mim e, no máximo, outra pessoa; mas a internet parecia muito vasta, minha cabeça muito cheia, e meus dedos inquietos demais pra deixar passar a oportunidade.

nesse meio-tempo, eu: mudei de emprego, terminei um namoro, mudei de cidade, fiz novas amizades, comecei um namoro (com a mesma pessoa! rs), tirei órgãos fora e até mesmo pintei minha parede da sala (que eu enrolava desde que me mudei pra pintar, lembram?). esse ano até mesmo comprei um domínio pra mim, o do blog — afinal, presente ou ausente, ainda são minhas palavras, meus dedos inquietos lutando pra preencher a vastidão da internet e alcançar outras pessoas. tenho pensado muito em coisas pra escrever, das quais me esqueço cinco minutos depois; enquanto meu remédio pro desvio de atenção não chega, eu venho aqui falar o que quer que tenha me vindo à cabeça na hora. é o que tem pra hoje.

inclusive, falando no que tem pra hoje: esses dias ando meio deprimida. tenho pensado em começar a fazer análise ao invés de TCC (terapia cognitivo-comportamental), já que em todas as sessões eu chego dizendo o que eu preciso dizer e o que minha psicóloga vai me dizer sobre como estou lidando com as coisas. eu consigo racionalizar, só não consigo fazer, e isso me incomoda; eu sinto que existe algo mais profundo que eu ainda não desvendei sobre a forma como eu resisto a cuidar de mim mesma da melhor maneira possível. fazer o quê, né? (resposta: procurar uma psicóloga que ajude!!).

pra ajudar a melhorar o sentimento de Não Consigo Fazer Nada Pois Estou Deprimida, tenho marcado compromissos com meus amigos e chamado as pessoas pra virem aqui em casa. amigos vêm trabalhar comigo, eu saio pra eventos aleatórios na cidade, pra encontrar pessoas, me xingo oitocentas vezes por ter marcado qualquer rolê (ou chamado qualquer pessoa) e, assim que a pessoa chega, me agradeço por ter feito isso. por mais que ficar sozinha seja bom, presença humana me faz sentir... feito gente. como se eu fosse um duendezinho maluco até o segundo antes de abrir a porta pra visita, numa espécie de comercial engraçadinho dos anos noventa ou dois mil.

nesse momento, minha amiga letícia termina de tomar banho, eu estou na sala, sentada no sofá, com a televisão pausada no início do quarto episódio de a maldição da residência hill. eu sei que ela vai dormir durante 60% dos episódios, pelo menos. talvez durma mais. amanhã ainda é sexta, mas parece que o fim de semana já tá batendo na porta. é uma boa companhia, é uma boa noite; é uma boa quinta. mando mensagem pra saber como minha namorada está, três horas atrás, no fuso horário dela, depois de termos discutido os impactos da escolha de um novo papa no cenário mundial.

queria que amanhã já fosse minha folga, mas tem coisa que dá pra resolver na sexta, ainda. o mundo parece um lugar mais agradável, pouco a pouco. eu tenho tempo de escrever pra comemorar o blog. feliz aniversário, bloguinho! :^)

sexta-feira, 2 de maio de 2025

now that i'm older, so be it so of love

hoje me peguei lendo o blog de um amigo, após uma postagem recente dele — por algum motivo, cliquei na primeira postagem que ele escreveu e fui avançando a partir daí. li coisas que queria mandar pra ele, mas sinto que não tenho intimidade o suficiente, ao mesmo tempo que sinto que tenho sim; sabe essas pessoas de quem a gente gosta de graça, com quem sente uma conexão que não se sabe de onde vem, mas certamente vem de algum lugar? pois bem.

um dos posts falava sobre como ele queria ser consistente nas suas ilustrações, como queria dominar um tipo de desenho que ainda não era o seu, e que não ter um estilo consistente com o passar dos anos o deixava louco. hoje, vendo o que ele desenha e como o faz, tenho vontade de mandar e dizer: olha só, você realmente pode olhar pra trás e ver como chegou até aqui!, e chegou onde queria chegar. fico pensando em como a gente consegue construir relações assim, meio invisíveis, mas não exatamente. relações em que o sentimento diz mais que a razão, mais até que a interação de verdade. não nada parassocial, não nada estranho, mas só. existir. existir e se conectar porque existiu e sentiu algo que ecoou ali.

tive vontade de comentar no post dele depois de ler (um amigo tão multitalentoso!), mas estava fechado para comentários. então, me resumo a sorrir e saber que eu o aprecio de longe, às vezes em silêncio. com vontade de deixar um pendrive com músicas e uns rabiscos em sua portaria (exceto que agora eu mal ouço qualquer coisa, ainda menos algo novo). amigo, gosto muito de você!

mexer no computador à noite às vezes dá esse sentimento de nostalgia, né? queria que a internet fosse mais como nos tempos de antigamente. ou talvez eu só quisesse me sentir tão inspirada quanto eu me sentia nesses tais tempos de antigamente.

o título é de uma música do sufjan stevens, que estava ouvindo pois esse amigo (posso chamar de amigo alguém com quem eu quase nunca falo, quase nunca mesmo, mas a quem eu quero bem?) gosta bastante.

um post pra cota de posts esquisitos que aparecem de vez em quando! :^)

quarta-feira, 30 de abril de 2025

desventuras da vida adulta

o engraçado desse título é que eu tinha quase certeza de que já tinha escrito algo do tipo aqui, mas, aparentemente, não escrevi. apesar de já ter, sim, vivido desventuras da vida adulta. como provavelmente todas as pessoas que estão nessa fase, eu imagino.

alguns dias atrás, ainda na minha abstinência de compartilhar coisas por conta da minha ausência no instagram, pensei: e se eu escrever alguma coisa no blog? um instante depois, minha cabeça disse "mas aí tá postando demais também, né? quer postar todo dia?", e, na mesma hora, a outra voz dentro dela rebateu: "claro que quero postar todo dia. o blog é meu, doida", e aí...

bom, aí não postei, porque a vida aconteceu e eu tinha um milhão de coisas na cabeça. mas fique claro que eu tinha a intenção de postar, porque os assuntos continuam aqui, clamando por compartilhamento. enfim.

esses dias, descobri que meu aluguel aumentou. aparentemente, não é mais de bom tom mandar um e-mail, ou um aviso por whatsapp, ou mesmo um bilhetinho na caixa de correio dizendo ei, sabe seu aluguel? pois é. vai aumentar!. descobri só porque, assim que o boleto foi criado, era num valor maior do que o de sempre, e, quando me mandaram por e-mail, tava lá. escondidinho, dentro do boleto. quase uma observação, de tão casual. "ah, seu aluguel? vai aumentar mês que vem". achei um despautério e uma cara de pau, e, na mesma hora, já pensei: meu deus, vou ter que me mudar. eu acabei de pintar as paredes. acabei de deixar a casa com a minha cara. eu vou ter que me mudar. eu não quero me mudar!!!

felizmente, minha namorada e minha mãe são lúcidas e sensatas o suficiente pra me lembrarem que eu não precisava pensar nisso agora, que podia levar um tempo e, quem sabe, ver se precisaria mesmo me mudar mais pra perto do fim do ano. agora, me pego pensando duas coisas:

  1.  será que estou disposta a pagar isso tudo de aluguel?, e
  2.  meu deus, será que eu consigo uma promoção no trabalho pra não ter que me mudar???

pois é. apesar de achar um absurdo o tanto que estão cobrando, não foi um aumento terrivelmente abusivo — mas eu não tenho como bancar aumentos de ano a ano desse jeito. será que a imobiliária tá achando que dinheiro dá em árvore?

(eu sempre achei engraçado a coisa de pensar que dinheiro nasce em árvore porque, tecnicamente, nasce, mesmo. não só a coisa do papel ser feito de celulose, mas riquezas naturais, etc.)

e é isso. esses dias, tenho sentido um desânimo terrível e uma dificuldade absurda para focar em tudo o que preciso focar. depois do feriadão, falei com meu psiquiatra que o foco andava pior do que nunca depois das minhas férias/cirurgia, e ele disse: pois vamos começar com o remédio pra foco e atenção, minha filha.

só que o remédio pra foco é controlado. e sabe o que acontece quando seu psiquiatra é de outra cidade e te receita um remédio controlado? ele tem que vir pelo correio. pois é. como faziam os etruscos. não que eu não ame cartas, não me entendam mal (até porque realmente amo), mas o que eu faço até minha receita chegar? e essa ansiedade me consumindo porque eu preciso conseguir firmar minha atenção em algo? hein???

perdão, me descontrolei. mas, sério, anda difícil me sentir um ser minimamente racional enquanto eu não consigo focar nem nas coisas que gosto de fazer — ver uma novelinha, jogar um videogame, colorir uns bichinho, escrever uma carta. a médica que fez minha cirurgia me liberou pra fazer exercícios físicos, e eu estou pensando em voltar pra natação ("voltar" pode ser um termo muito forte, já que eu só cheguei a fazer uma aula antes de parar). só que, pra voltar pra natação, preciso bancar a categoria do gympass que a  escola de natação aceita. só que (de novo) meu aluguel aumentou. e o aumento foi mais ou menos a mesma coisa que eu vou pagar pra poder fazer minha nataçãozinha de novo.

e, nesse meio tempo, ainda tenho que conseguir me sair bem no trabalho, pra tentar uma promoção, pra tentar me convencer de que meu aluguel vale tudo isso e eu não me mudar tão em breve assim. além disso, tô pensando em voltar com o um ano sem fazer compras. afinal, deixar de gastar com coisas supérfluas nunca foi mais necessário.

tá dando pra entender por que eu tô doida da cabeça?

pois é. fora todas essas coisas aí que eu disse: tenho pensado em reorganizar os marcadores de postagem do blog pra coisas mais práticas e aplicáveis (meu lado profissional vindo à tona). me dá uma preguicinha quando eu penso que são mais de 50 postagem, mas, né. fazer o quê. também tenho que me lembrar de tirar uma foto da minha parede nova, e mostrar pra vocês meu esquema pra assistir filmes novos com a amanda. nem tudo tá ruim, vai. dá aí pra salvar uns 20%, 18%.

socorro.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

o homem nasce bom, o scroll infinito o corrompe

anteontem, por causa da ansiedade constante que me consome — e, por que não, copiando minha namorada que me contou que tinha feito exatamente o que eu viria a fazer —, eu resolvi excluir o aplicativo do instagram do meu celular. a coisa é que, nos últimos tempos, eu acordava, pegava o celular... e passava pelo menos uma hora rolando pelo feed do instagram. pelo menos. pausa entre tarefas do trabalho: instagram. à noite, vendo novela? instagram. antes de dormir? instagram. tava ficando chato, e minha cabeça tava doendo de tanto ver vídeos e fotos e tela. credo.

a coisa é que o meu cérebro é um baita de um piadista, e basta eu abdicar de alguma coisa que ele me lembra o tempo todo o que eu poderia fazer se não tivesse abdicado. quando eu ainda tinha twitter (descanse em paz), bastava decidir me desintoxicar do site por alguns dias pra minha mente começar a ditar os pensamentos em forma de tweet. im-pres-sio-nan-te. é como se fosse uma abstinência: você só pensa naquilo, só vê aquilo. o vício é real. e agora, mesmo que eu não estivesse postando quase nunca no instagram, parece que tudo o que eu faço é digno de compartilhar com as pessoas que me seguem. tudo vira vontade de postar um story.

acho que o engraçado disso tudo é que, por não querer me render tão cedo, eu acabo encontrando alternativas pra falar: uma postagem no blog, uma linha no diário, uma mensagem no whatsapp, ou só um dar de ombros e aquele pensamento morre ali, assim como fazia quando não existiam tantas formas de compartilhamento instantâneo. é bom dar esse tempo das redes, de vez em quando, porque quando a gente se dá conta, tá vidrado demais em só rolar e rolar e rolar e rolar a tela pra cima: a maravilha do scroll infinito. poder rolar a tela sem nunca ser interrompido é uma maldição disfarçada de praticidade, sobretudo em tempos de tiktok e reels... e, por falar em tiktok: vocês usam? se adaptaram? eu não consigo — falei com meu amigo emilio esses dias que me dá quase uma vertigem virtual o fato de não existir uma tela estática no aplicativo. quando eu resolvi tentar usar, foi desesperador. acho que sou muito velha pra isso, e fico só com os reels ocasionais no instagram, mesmo.

obviamente, só excluir o aplicativo não resolveu meu problema de ansiedade, mas pelo menos não vou ter dor de cabeça por ficar mexendo no celular o tempo todo, nem demorar um tempão pra levantar ou pra ir dormir. então estamos na vantagem, eu acho?

beijocas!

sexta-feira, 18 de abril de 2025

aquela postagem que diz: “mudei o layout, gostaram?”

...então: mudei o layout, gostaram? 🙃

brincadeiras à parte, eu tava ficando meio maluca, pensando que o blog não tava exatamente do jeito que eu gostaria que ele estivesse, e me fazendo sentir até um pouco datada — engraçado como dá pra gente sentir essas coisas com tão pouco, né? enfim. não foi uma graaaaaande mudança, mas deu pra ajustar as fontes (a fonte do título me incomodava já há um tempinho, e a fonte que eu usava no corpo do blog não aparecia quando eu visualizava pelo mac!!!! isso me deixava DOIDA), a forma como as cores estavam organizadas, e isso já conseguiu me ajudar a sentir um pouco menos desgostosa com como o blog estava, visualmente.

em outros assuntos: gente, tô ficando meio maluca. não totalmente maluca, mas, sabe, aquele tipo de maluca que a gente fica quando não consegue focar em NADA? pois é. desde que eu voltei a trabalhar (ou seja, há duas semanas), parece que minha cabeça vai implodir. estou só esperando voltarem os dias úteis pra mandar uma mensagem pro meu psiquiatra dizendo ei, tudo bom? preciso de socorro help ayuda ayuda ayudaaaaaa e dizendo que vamos mesmo ter que começar com remédios específicos pra distúrbios de atenção. o pior é que esse não é um problema recente — é uma queixa minha com profissionais pelo menos desde os idos de 2021, e algo que me atrapalha, se não me falha a memória, desde que eu estou no ensino médio. parando pra pensar, foi exatamente no momento em que as aulas deixaram de ser aquele momento de copiar a matéria e logo depois um momento de explicação, o que me apetecia, já que copiar a matéria do quadro me mantinha concentrada e eu tinha a matéria escrita pra olhar depois.

slides? péssimo.

aula livre, sem anotações específicas? i don't know her!

enfim, eu espero mesmo que alguma coisa me ajude, antes que eu tenha que, sei lá, vender minha alma pro cramunhão em troca de uma migalha de foco. não consigo focar nem nas coisas que faço pra me divertir, pelo amor de deus!!!!

eu e amanda (minha namorada. sempre que eu falar amanda e não disser cardamomo logo em seguida, ou adicionar um link, saibam que é da minha muié que eu tô falando), empolgadas com o lançamento de premonição 6, resolvemos reassistir todos os filmes da franquia. eu, como boa apreciadora de todo filme trash que existe (quer dizer, quase todo), amei essa empreitada. o primeiro filme não é lá essas coisas, o segundo melhora um pouco, o terceiro é uma obra prima, o quarto... meh. mas o quinto filme, que eu não tinha assistido ainda, me surpreendeu. é um filme ruim, óbvio, então o negócio é ter as expectativas correspondentes ao que você sabe que vem pela frente. eu adoro um gore malfeito, e o fim do filme me deixou boquiaberta. 10/10.

logo depois de terminarmos de assistir tudo, eu fiquei tristíssima em descobrir que o fato de eu ser uma viajante do tempo (que é um jeito engraçadinho pra dizer que eu sou completamente desorientada em relação a datas) me fez achar que o sexto filme seria lançado no dia 15 desse mês, quando ele só vai ser lançado no mês que vem. aiai, dor. mas tudo bem, porque saiu a sétima temporada de black mirror! tava com saudades de assistir coisas assustadoras sobre o provável futuro da humanidade. fiquei apavoradamente apaixonada (ou apaixonadamente apavorada?) pelo episódio hotel reverie. vocês já assistiram alguma coisa?

além dessas assistições assistiduras assistitudes, também tenho assistido, bem aos poucos, aquele dorama (já um pouco velho) pousando no amor. como minha cabeça anda ficando doida, achei que um pouco de água-com-açúcar me faria bem, e tô gostando. por falar em doramas, sabiam que o meu dorama favorito de toda a minha VIDA, chamado o príncipe do café (ou coffee prince, em inglês), tá na netflix? ele é meio antiguinho, mas, sério, é a coisa mais linda do MUNDO. eu sou apaixonada por tudo nessa obra: os temas, os atores, a trilha sonora, a história, a comédia... tem temas muito atuais e envelheceu como um bom vinho (queria poder falar que envelheceu como café, mas café velho é horrível). assistam!!

gente, eu não aguento mais as imagens do studio ghibli criadas pelo chat gpt. sério. é só isso.

espero voltar em breve com fotos da minha sala (e do resto da minha casa?) pra mostrar como ela ficou! no momento, só tô meio triste porque minha samambaia tá morrendo e parece o cebolinha, com 5 ramos de folhas sobrevivendo, kkkkkk.


quinta-feira, 10 de abril de 2025

do you believe in life after love?

nos últimos tempos — e bota últimos nisso, porque a última vez que eu dei as caras aqui foi há mais de seis meses — minha vida tem estado uma loucura. aconteceu tanta coisa que, se eu fosse contar uma por uma, ficaria aqui uns dois dias, arrumaria o sofá pra vocês dormirem e passaria um cafezinho pra gente tomar com bolo de laranja. mas, como eu não tenho esse tempo todo (nem vocês, imagino, mas espero estar errada) porque preciso arrumar a casa e trabalhar e todas essas coisas que a vida traz como responsabilidade, vou resumir como eu faço melhor: com uma lista.

✶ coisas que aconteceram na minha vida nos últimos tempos:

  • me ajeitei com minha amada, que se ajeitou com os traumas do passado, e voltei a namorar (no ano novo!). é tudo de bom estar num relacionamento saudável, eu recomendo
  • eu comentei com vocês que estava sangrando eternamente? se não comentei: fiquei sangrando eternamente, fiz algumas histeroscopias (uma endoscopia, só que no útero), descobri que tava com câncer em estágio inicial (sem sofrer metástase) no endométrio, e recentemente arranquei o útero foda e estou curada! ufa.
  • devido a um milhão de coisas rolando (na minha cabeça, no meu corpo e no trabalho, mesmo), tive um desempenho ruim na análise de performance da firma, e tô tentando me recuperar. o que faz com que eu tenha que Mostrar Muito Trabalho e Ter Muita Visibilidade. e eu odeio ser visível. socorro
  • PINTEI MINHA PAREDE DEPOIS DE QUASE 2 ANOS MORANDO SOZINHA!!!!! em breve IMAGENS pra vocês!!!!!!!! ficou muito fofuchiquinho
  • minha nova-velha namorada foi convidada a trabalhar numa vaga muito boa... no méxico. então, depois de uns 6 meses morando junto, voltei a namorar a distância (sons de descontentamento à distância)
  • meu sofá simplesmente começou a despencar, o que me fez ficar chateadíssima e achar o sofá com a melhor estrutura que eu pude encontrar pra colocar na minha sala. e agora eu tenho um belíssimo e GIGANTESCO sofá!
  • comprei um hobonichi, inspirada na amanda, e agora ele serve de mini-diário em que eu tento escrever todos os dias pra manter um registro legal e não me esquecer de escrever. e também fiquei meio viciada em ver coisas de journaling e em mini 🤏 adesivos. recomendo muito verem as coisas da fofuri studios (que agora tá fechada pois participando de eventos, mas é ma-ra-vi-lho-sa)
  • cedi ao esquema de pirâmide e agora tenho um kit de 80 canetas e dois livrinhos de colorir (o primeiro graças à minha amiga rafa). e, realmente, é muito divertido — eu fico horas sem olhar meu celular enquanto pinto bichinhos fofinhos vendendo e comprando chocolates, fazendo piqueniques e coisas assim
  • comecei a fazer natação (e parei logo em seguida, pois cirurgia) e descobri que NÃO SEI MAIS COORDENAR MINHA RESPIRAÇÃO. como assim eu não faço natação há vinte e tantos anos e não sei mais respirar???? o que aconteceu???? (risos irônicos)
  • tirei um mês de férias combinando férias + licença médica pós-cirurgia e senti vontade de fazer tudo o que eu amo novamente. como pode o capitalismo selvagem tirar toda a nossa vitalidade? queria sempre ter tempo pra eu fazer o que amo
  • me re-viciei em deltarune, e agora vão sair os capítulos 3 e 4 do jogo em junho!!!!! eba!!!!!!!
  • além de deltarune, vamos ter silksong, que é a "continuação" de hollow knight. tô felicíssima pois senti falta de um bom joguinho metroidvania pra passar o tempo

provavelmente tem mais coisa aí que caberia aí e eu não me lembro agora mas, no geral, é isso. juro que vou responder os comentários em breve, porque tô com saudades de todo mundo aqui; a turma dos blogs realmente é um delicioso mundinho à parte. também tô decidida a 1) comprar um domínio (eu sei que trabalho com tecnologia, mas não sei fazer isso!!!! porém irei aprender!!!) e 2) fazer um novo template simples pro meu blog que seja responsivo (mas, como eu sou apenas uma pobre designer, preciso de alguém que saiba fazer templates de blogger e tenha disposição pra desenvolver pra mim). enquanto isso, tento voltar a ler todo mundo e distribuir abraços virtuais via wi-fi.

e vocês, como estão? como vai a vida? fazendo muitas coisas? espero que esteja tudo bem por aí. agora eu vou lá trabalhar, porque rapadura é doce, mas não é mole, não. beijocas!

© arantchans • template por Maira Gall, modificado por mim. • changelog